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Aumento do frete chega a 29% devido às altas dos combustíveis. Entenda!

21 de junho de 2022

NTC & Logísticas define o cenário atual como crítico para transportadores.

As expectativas de preços menos voláteis pós-pandemia não se concretizaram. Com isso, o aumento dos fretes pode chegar a 29% devido à alta no preço dos combustíveis. O novo reajuste foi anunciado pela Petrobras, no dia 10 de março, que elevou para 18% o preço da gasolina e 25% o do diesel. Esse cenário é fruto da guerra entre a Rússia e a Ucrânia que eleva o preço do barril causando um impacto maior no diesel, prejudicando vários setores do mercado, entre eles os transportadores, já que a malha rodoviária é responsável por 60% do transporte de produto no Brasil.

O Conselho Nacional de Estudos em Transporte (CONET) da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC & Logística) se pronunciou por meio de uma nota afirmando a necessidade da recomposição do frete devido ao aumento dos insumos dos transportes.

“O aumento de hoje do preço do diesel, da ordem de 24,9%, acarreta a necessidade de reajuste adicional no frete de, no mínimo, 8,75%, fator este que deve ser aplicado emergencialmente nos fretes, acumulando um reajuste total de 28,96% na carga fracionada e 28,82% na carga lotação. A NTC & Logística reitera a importância do transportador negociar a inclusão nos contratos antigos e colocar nos novos contratos um gatilho para os aumentos do diesel”, diz o texto.

Como previsto por especialistas, o consumidor final também sofre com os ajustes, já que esses custos serão repassados para a indústria e o comércio. Assim, medidas e ferramentas que diminuem o tempo dos processos das empresas de transportes de cargas são ações que podem ajudar nesse novo cenário.

13 reajustes em 1 ano

Desde janeiro de 2021, a Petrobras reajustou o preço da gasolina e do diesel 13 vezes. O último, realizado em 11 de março de 2022, foi o maior do ciclo de altas da estatal. A quantidade de aumentos foi confirmada pelo Observatório Social da Petrobras (OSP), organização ligada à Federação Nacional dos Petroleiros (FNP).

De acordo com a Petrobras, o último anúncio elevou o preço da gasolina em 18,7% e do diesel S-10 em 24,9%, confirmando a tendência de aumentos devido a tensão no continente Europeu. Somente em 2022, já é a segunda vez que a companhia aumenta os valores dos combustíveis mais importantes para a mobilidade no nosso país. O primeiro aumento se deu em 12 de janeiro deste ano, com alta de 4,9% no preço da gasolina e 8,1% no do diesel S-10.

Segundo a expertise dos especialistas da Rorika, esses aumentos impactam diretamente o preço do frete rodoviário no Brasil, uma vez que a malha de transportes por caminhões corresponde a 60% dos transportes de todos os produtos no país. Isso pode acarretar ainda um aumento no fluxo de transportes ferroviários, que, atualmente, são responsáveis por 20% de toda a movimentação de produtos e matérias-primas.

Efeitos do conflito entre a Rússia e a Ucrânia

A atual guerra ente Rússia e Ucrânia gerou turbulências mundiais, a economia foi fortemente afetada pelos conflitos, já que os principais produtos de exportação em que a Rússia se concentra são bens estratégicos como gás, petróleo, grãos e fertilizantes. Com as sanções mundiais decididas pela ONU e algumas decisões tomadas pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin, as relações de exportação do país foram cortadas entre a maioria dos países.

A Rússia era o terceiro maior exportador de petróleo do mundo, atualmente o mercado internacional de petróleo e gás natural enfrentam a maior turbulência desde a década de 1970. Outro setor que sofre é o mercado de grãos, os dois países representam 29% das exportações de trigo e 19% das de milho, de acordo com o banco JP Morgan, além do impacto que o mercado de fertilizantes sofreu, pois o país era um dos maiores exportadores de fertilizantes. Com as sanções, os setores alimentício e agronômico sofrem com as altas nos valores de compra e de exportação do fertilizante vindo de outras países.

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