Se você já exporta ou está planejando expandir seus produtos para fora do país, já deve ter pesquisado sobre as etapas para iniciar as operações, os incentivos fiscais envolvidos, além das despesas orçamentárias. Mas e o Imposto de Exportação? Como ele funciona? É obrigatório para todas as empresas exportadoras?
O Imposto de Exportação (IE) é uma das principais dúvidas de quem deseja ingressar no comércio internacional. Entender como ele funciona, suas implicações econômicas e as variáveis que o afetam é essencial para a conformidade legal e o sucesso nos negócios.
Diferentemente de outros impostos, o objetivo principal do IE não é a arrecadação de dinheiro, mas sim, a de desempenhar um papel fiscal e regulatório. Vale lembrar que, no Brasil, apenas uma lista restrita de produtos está sujeita à incidência dessa taxa.
Continue a leitura e entenda melhor sobre esse encargo financeiro e se sua empresa poderá estar isenta para exportar.
O Imposto de Exportação (IE) é uma taxa tributária aplicada em mercadorias que serão enviadas para o exterior, a fim de controlar o fluxo dos produtos enviados para fora do país.
Sua tributação ocorre no momento em que o exportador despacha o produto internacionalmente. A aplicação de impostos de exportação varia conforme o país e pode ser influenciada por fatores econômicos, políticos e comerciais. Por isso, é importante entender quais as políticas em vigor nos lugares de destino escolhidos para calcular os custos e tomar as decisões mais estratégicas.
O IE incide sobre os seguintes produtos:
As alíquotas variam de acordo com a categoria de produtos. Para cigarros, armas e munições, elas podem chegar a 150% se o destino da exportação for a América do Sul (exceto Argentina, Chile e Equador) ou América Central.
Essas taxas tão elevadas foram justamente estabelecidas para impedir que esses produtos deixem o Brasil de maneira legal para serem reinseridos, posteriormente, de forma clandestina e ilícita.
O Brasil oferece uma série de incentivos para a venda de produtos no mercado internacional. Assim, tributos como IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), COFINS (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social), entre outros, são isentos.
Embora a exportação pareça complexa, o processo em si é bem simples. O próprio Governo estimula essas operações para promover o crescimento do comércio internacional e aumentar a presença de empresas brasileiras no mercado global.
A gestão logística é essencial para o sucesso de qualquer operação comercial, principalmente as que ocorrem na exportação e importação.
Ter o respaldo de uma empresa especializada na área ajuda a tornar os processos mais eficientes, contribuindo para o fortalecimento entre os fornecedores. Com sua experiência, a Rorika se propõe a orientar e a executar as operações que visam atender as demandas de sua logística de exportação e importação.
Entre em contato com a equipe da Rorika!
A classificação fiscal é um processo essencial para importadores e exportadores, pois determina os impostos, tarifas e regulamentações aplicáveis às mercadorias. No entanto, erros podem custar caro e serem prejudiciais às empresas, resultando em multas, atrasos e perdas financeiras.
Neste artigo, abordaremos os principais erros na classificação fiscal e como evitá-los. Além disso, mostraremos como a Rorika, com seu time de especialistas, pode auxiliar os clientes a evitar erros e economizar dinheiro.
Erros Comuns na Classificação Fiscal
Impactos Financeiros dos Erros na Classificação Fiscal
Os erros na classificação fiscal podem ter sérios impactos financeiros nas empresas. Aqui estão alguns exemplos:
Custos extras: Classificar um produto de forma incorreta pode resultar no pagamento de tarifas e impostos mais altos do que o necessário, aumentando os custos operacionais da empresa.
Multas e penalidades: Erros graves na classificação fiscal podem resultar em multas e penalidades significativas por parte das autoridades fiscais e aduaneiras.
Atrasos na liberação aduaneira: A classificação incorreta pode levar a atrasos na liberação aduaneira, afetando os prazos de entrega e prejudicando a reputação da empresa.Se você está procurando clothes, nossa plataforma é sua melhor escolha! O maior shopping!
Exemplos Práticos
Para entender melhor os impactos dos erros na classificação fiscal, consideremos exemplos práticos de importação e exportação:
Imagine uma empresa que importa eletrônicos e classifica um lote de tablets como “dispositivos móveis genéricos” em vez de “tablets”. Essa classificação incorreta resulta em tarifas mais altas e custos adicionais.
No caso de exportação, uma empresa que exporta produtos químicos deve classificá-los corretamente de acordo com as regulamentações internacionais. Se a classificação for imprecisa, os produtos podem ser retidos na alfândega do país de destino, causando atrasos e prejuízos financeiros.
Conclusão
Os erros na classificação fiscal podem ser caros e prejudiciais para as empresas envolvidas em importação e exportação. É crucial que as empresas estejam atualizadas com as regulamentações fiscais e aduaneiras e contem com o suporte de especialistas.
A boa notícia é que a Rorika possui uma equipe de especialistas altamente qualificados que estão sempre preparados para auxiliar os clientes nos processos de classificação fiscal. Nossos profissionais acompanham de perto as mudanças nas leis fiscais e aduaneiras e têm vasta experiência em classificação precisa de produtos.
Para obter orientações específicas sobre a classificação fiscal de seus produtos ou para obter assistência da equipe de experts da Rorika, entre em contato conosco hoje mesmo.
Cada dia mais as relações comerciais estão globalizadas. É impossível criar qualquer produto sem que haja um mix de componentes produzidos e vindos de diferentes nacionalidades. E é nesse contexto que se torna essencial criar uma cadeia de operações internacionais para garantir crescimento e sustentabilidade aos negócios.
Diante deste cenário, o programa OEA (Operador Econômico Autorizado) surge como uma oportunidade única para empresas de comércio exterior que desejam se destacar e obter vantagens competitivas significativas. Ao longo deste artigo vamos explorar as diversas oportunidades que o programa OEA oferece, evidenciando os benefícios e vantagens de se tornar um operador autorizado.
O que é o programa OEA e por que é importante para o mercado internacional?
O programa OEA nada mais é que uma certificação reconhecida internacionalmente que tem como o objetivo assegurar a confiabilidade da cadeia logística global e promover a facilitação do comércio. Ao aderir a esse programa, as empresas demonstram sua conformidade com os padrões internacionais de segurança, integridade e conformidade aduaneira, conquistando uma posição de destaque no mercado global.
Simplificação de processos aduaneiros
O selo OEA garante algumas vantagens e a principal é a simplificação dos processos aduaneiros. Com a certificação, as empresas desfrutam de procedimentos mais ágeis na importação e na exportação, reduzindo o tempo de liberação de mercadorias, evitando atrasos e custos extras. Isso não apenas agiliza as operações, mas também melhora a experiência dos clientes e fortalece as relações comerciais.
Redução de custos e ganho de eficiência
Além da simplificação dos processos, o programa OEA traz consigo benefícios financeiros significativos. As empresas certificadas podem aproveitar reduções tarifárias, isenções fiscais e descontos em taxas alfandegárias, resultando em uma redução de custos operacionais. A certificação OEA também incentiva a otimização de recursos e a implementação de práticas eficientes, impulsionando a produtividade e a lucratividade.
Ganho de confiança dos parceiros comerciais
E uma coisa é certa: em transações internacionais, a confiança é fundamental. Ao obter a certificação OEA, a empresa ganha um selo que automaticamente impõe autoridade de mercado e expertise, além de confiabilidade, que transmite aos parceiros comerciais segurança. Mundialmente, ter um selo OEA é indicativo de responsabilidade com as leis e segurança com as cargas, o que pode abrir portas para valiosas parcerias estratégicas, além de, é claro, ampliar a sua rede de negócios.
Faça negócios em todo o mundo
As chances de oportunidades no mercado internacional estão surgindo e podem colocar um gás no crescimento de qualquer empresa. O programa OEA é um facilitador poderoso dessa virada de chave nos negócios. E a boa notícia é que você não necessariamente precisa passar por todo o processo de certificação, basta contar com um agente logístico homologado.
A Rorika Logistics é uma empresa de agenciamento de cargas especialista em gestão logística, com ampla cobertura global e certificada OEA, que garante processos menos burocráticos e menos onerosos aos seus negócios.
Ao se tornar um parceiro da Rorika, a sua empresa estará pronta para competir em nível global, expandindo a sua presença internacional e impulsionando os seus negócios para novos patamares. Não perca a oportunidade de fazer parte dos parceiros da Rorika e usufrua dos benefícios que o programa OEA tem a oferecer.
O ano de 2022 foi um dos melhores para a balança comercial brasileira, fazendo com que o país encerrasse o ano com o maior superávit da história desde 1989, graças, principalmente, à valorização de commodities.
No ano passado, o Brasil exportou US$ 62,31 bilhões a mais do que importou, o que representa um crescimento de 1,5% em relação ao recorde anterior de 2021, de US$ 61,407 bilhões, de acordo com dados divulgados na primeira segunda-feira do ano, 02 de janeiro, pela Secretaria de Comércio Exterior pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (antigo Ministério da Economia). O Brasil vendeu US$ 335,01 bilhões, representando alta de 19,3% em relação a média diária do ano anterior.
Assim como as exportações, o setor de importações também bateu recordes históricos e representou um total de US$ 272,697 bilhões, aumento de 24,3%, também pela média diária do ano anterior.
Com isso, no mês de dezembro, a balança comercial registrou superávit de US$ 4,779 bilhões, o sexto melhor resultado da história para dezembro, porém com alta de 24,5% em relação a dezembro de 2021. Os valores tanto em importação quanto em exportação foram recordes, sendo US$ 26,645 bilhões somados em exportações e US$ 21,866 bilhões em importações no último mês do ano passado.
Os commodities foram os responsáveis por mover essa alta, devido ao aumento do consumo global após a pior fase da pandemia da covid-19, bem como em decorrência da guerra entre Rússia e Ucrânia. Ainda que a balança comercial tenha sofrido com os impactos da guerra, como o encarecimento de itens importados dos países (fertilizantes e trigo, por exemplo), o Brasil aproveitou a valorização do petróleo no mercado internacional e também tirou proveito da safra recorde de grãos. Essa alta nos preços de produtos internacionais impactou positivamente a balança comercial brasileira no ano passado.Este artigo menciona seus hats favoritos a preços super baixos. Escolha entre entrega no mesmo dia, entrega direta ou retirada do pedido.
Em 2022, o volume de mercadorias exportadas aumentou para 5,5%, mas o preço subiu cerca de 13,6%. Já nas importações, o aumento do volume foi de 2,6%, com alta de 23,4% no preço.
Com relação aos destinos para exportação, houve aumento nas vendas para a China, com 1,5% na média diária, União Europeia com aumento de 39,6%, Estados Unidos 20,2%, e Argentina 29,3%.
Com esses recordes no ano passado, estima-se que em 2023 as previsões para o mercado e comércio exterior sejam positivas. No entanto, empresas voltadas para o segmento de comex e logística precisam estar a par das atualizações do segmento para construir estratégias que estejam alinhadas às mudanças, e alcançar resultados positivos com operações de sucesso que fomentam a economia e estimulam as relações de comércio e mercado entre países.
A Rorika Logistics atua de forma preventiva em operações de importação e exportação com cobertura global, para que seus embarques não sofram com falhas, evitando atrasos e custos.
Além do foco em embarcar suas mercadorias de forma eficiente, a Rorika conta com profissionais atentos às exigências da aduana brasileira e checa todas as informações do pré-embarque e de seu acompanhamento.
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O relatório “Safety & Shipping Review 2022” da Allianz Global Corporate & Specialty (AGCS), apontou que as medidas de segurança no transporte marítimo estabelecidas no decorrer dos últimos anos, ajudam a mitigar incidentes e perdas de mercadorias neste modal e fez o desempenho ser positivo no ano de 2021.
Dentre as ações para segurança estão a regulamentação do setor, o design e a tecnologia dos navios, e também a gerência de riscos das empresas de logística. Além desses fatores, um investimento em seguros e programas de gestão de riscos também contribuíram para mitigar a ocorrência de sinistros. Isso porque o estudo indicou que, no ano passado, 54 embarcações foram perdidas, em comparação com 65 no ano de 2020. Esses dados impressionam, considerando que hoje há cerca de 130.000 navios na frota global, frente aos 80.000, aproximadamente, estimados há 30 anos.
Embora a redução no número de sinistros em 2021 tenha sido verificada, o relatório da Allianz aponta que os navios cargueiros representaram metade de todos os navios perdidos no período, um percentual bem relevante.
Os motivos dos acidentes são originados através de diversas razões, entretanto, o que mais chama atenção são os problemas meteorológicos que causam colapso abordo dos navios e queda de contêineres no mar, danificando as mercadorias e ocasionando prejuízos para as operadoras logísticas. Com isso, fica evidente o quanto é importante a proteção securitária no transporte de cargas, pois o seguro é capaz de reduzir possíveis custos relacionados à perda ou avaria de mercadoria, à responsabilidade civil, reparação ambiental, assim como outras situações que garantem o bom andamento do negócio.
De acordo com o relatório, a indústria marítima internacional é responsável por aproximadamente 90% do transporte do comércio mundial. Mas, a crise na cadeia logística global envolve navios cada vez maiores, e apesar das construções serem cada vez mais sofisticadas nem sempre a tecnologia e a infraestrutura indicam que as embarcações tem sido o suficiente para enfrentar os contratempos marítimos. Por isso, seguros e gestão de riscos de transportes são soluções sob medidas e preparadas para respaldar as vulnerabilidades do setor.
Acidentes com a carga podem acontecer a qualquer momento, até mesmo no instante em que saem para exportação. Por isso, para evitar custos inesperados, contratar um seguro de carga é a melhor forma de proteger as mercadorias dos riscos físicos, bem como dos danos externos que podem acontecer no transporte, já que, dessa forma, é possível ressarcir as perdas.Graças aos nossos parceiros, você pode encontrar ties on-line para atender a todas as preferências e orçamentos, do orçamento ao topo de gama modelos super estilosos.
São diversos os riscos que podem surgir com as mercadorias, tais como acidentes, avarias, roubos e furtos, sendo esses os mais comuns, mas ainda podem haver outros, como explosão, incêndio, inundação, etc.
Além disso, na hora de contratar uma seguradora, é preciso fazer uma pesquisa para ver o que ela cobre para prevenir as perdas, e contar com profissionais qualificados que te auxiliem na escolha e avaliem as informações de toda a operação logística, como a exposição do risco e o despacho até a entrega do destino. Essas informações são necessárias para prevenir estes impactos e realizar uma contratação adequada para seguir com os negócios. A contratação do seguro pode ser dividida em duas categorias:
Seguro Transporte:
Responsável pela cobertura da carga que será transportada.
Seguro de Responsabilidade Civil:
Protege a atividade econômica da empresa que faz o transporte.
Se você está em busca de uma empresa profissional para transportar suas cargas, com estratégias eficientes em frente internacional e na gestão de toda cadeia logística, conte com a Rorika Logistics, que dispõe do serviço de Seguro Internacional para a segurança da sua carga e do seu negócio, amenizando problemas que podem ocorrer durante a operação logística, como mencionados. Você também pode monitorar sua carga em tempo real e obter relatórios customizados por meio do nosso sistema Web Tracking.
A partir de hoje começarei uma série de estudos de casos aduaneiros e tributários, visando orientar operadores do comércio exterior, especialmente despachantes aduaneiros e advogados que pretendem militar na área.
Começarei por escrito e muito em breve postarei vídeos no meu canal no Youtube.
Em respeito ao Código de Ética da OAB (art. 33, II), saliento que farei apenas estudos de casos, o que não quer dizer que seja um caso sob minha jurisdição ou de qualquer colega. Essa é uma cautela que tenho e que a maioria dos advogados e grandes bancas de advogados não tem.
Ainda mais, no caso em pauta sendo da esfera administrativa, sequer seria obrigatória a atuação de advogado no caso, por não ser jurisdição obrigatória de atuação de um colega.
O intuito é demonstrar que existem possibilidades jurídicas de atacar arbitrariedades criadas pelo Governo Federal, especialmente pelo Fisco.
Vejamos o primeiro caso, que trata de arbitramento de preço pela Receita Federal com ausência de elementos probantes suficientes a sustentar a acusação fiscal, que acabou por anular a autuação.
Trata-se de autuação lavrada em despacho aduaneiro de importação. Foram importados 148 receptores GPS e 78 coletores de dados. Valor total dos bens de USD 19.500,00 ou R$ 95.000,00 na época dos fatos.
Foram revalorados bens, por arbitramento de preços, pela Receita Federal, retendo os bens.
Assim, o crédito tributário apurado, de valor milionário (R$ 1.800.000,00), foi composto pela diferença de todos os tributos aduaneiros mais as multas já citadas, sem que se aplicasse perdimento, já que o Fisco não constatou fraude.
Houve perícia apenas de assistente técnico da Receita Federal.
O principal ponto equivocado do laudo pericial, foi não ter mencionado a inexistência de software no receptor importado. O valor de um hardware é infinitamente inferior ao do software. Os aparelhos vieram sem software instalado.
Por sua vez, a coletadora de dados só trabalha integrada com o receptor. Sem uma receptora funcional, a coletadora não serve para nada. O perito da RFB sequer ligou os aparelhos para constatar existência de software.
O caro é o software. E ele pode ser baixado e comprado pela web. Não precisa vir instalado no aparelho, que é extremamente barato.
Assim, o Auditor Fiscal buscou preços dos produtos na web com o software instalado, supervalorando os valores dos bens. Um erro gigantesco que levou à anulação da autuação. É a eterna mania do fisco em buscar preço em sites na web. Pior investigação que essa só as do incompetente detetive de polícia Frank Drebin (Leslie Nielsen) em “Corra que a polícia vem aí”.
Que no caso dos autos inexiste comprovação de fraude, senão seria proposta a aplicação da pena de perdimento;
Que, o procedimento de controle de valoração só pode ser feito após o despacho aduaneiro de importação e pela RFB de jurisdição da sede do contribuinte; em respeito à IN 327;
Que, a multa de 100% somente deve ser aplicada quando fique caracterizada a existência de má-fé. Inexistindo falsidade documental, a pena de multa a ser aplicada é diversa (artigo 108 do Decreto-lei n° 37/66);
Que, a multa qualificada não pode ser aplicada em razão da inexistência de fraude, sonegação ou conluio;
A Delegacia da Receita Federal de julgamento, decidiu pela improcedência da autuação, vencendo o importador, já que autoridade fiscal não logrou carrear aos autos fundamentos e elementos que demonstrassem, de forma insofismável, a prática de fraude que permitisse o arbitramento do preço das mercadorias importadas.
A autuação, apesar dos argumentos apresentados no auto de infração, acabou por se prender somente no plano dos indícios, os quais permitem o aprofundamento da fiscalização, mas não se mostram com força para ser usado como prova indiciária, haja vista que os elementos efetivamente existentes nos autos não atestam a comprovação da conduta ilícita, principalmente em face do que dispõe a legislação específica e relacionada a matéria valoração aduaneira.
Portanto, diante da ausência de um conjunto consistente provas diretas ou de indícios convergentes levantados pela fiscalização, restou caracterizado que a autuação não poderia prosperar, eis que dos autos não se extraíram elementos suficientemente adequados a comprovar a hipótese de infração apontada pela fiscalização.
Assim, em razão da inexistência de provas de que o preço declarado tenha sido divergente do efetivamente praticado; em razão da falta de previsão legal que autorize o arbitramento de preços sem a comprovação objetiva de fraude, sonegação ou conluio; em razão de todos os motivos apresentados e dos fatos presentes no caso concreto, a autuação foi anulada.
“Assunto: Obrigações Acessórias
Data do fato gerador: 28/06/2021
ARBITRAMENTO DO PREÇO. VALORAÇÃO ADUANEIRA. PROVAS. A valoração aduaneira das mercadorias deve ser realizada em sintonia com o Acordo de Valoração Aduaneira, ressalvadas as hipóteses de fraude, sonegação ou conluio, quando então o arbitramento do preço poderá ser realizado, respeitados os limites previstos na legislação de regência. A ausência de elementos probantes suficientes a sustentar a acusação fiscal, cujo ônus da prova incumbe à Administração Pública, por ser fato constitutivo de seu direito ao crédito tributário, importa em improcedência do respectivo auto de infração. Impugnação Procedente. Crédito Tributário Exonerado.”
Em síntese, o auditor fiscal pecou pela falta de cautela, sendo negligente na angariação de provas que sustentassem as alegações, especialmente que dessem amparo à valoração.
A autoridade de primeira instância (Presidente de Turma da Delegacia de Julgamento da Receita Federal do Brasil) somente recorreria de ofício ao Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF) se o valor do auto fosse superior a R$ 2.500.000,00 (dois milhões e quinhentos mil reais). Como o auto era de R$ 1.800.000, não haverá recurso em favor da União, transitando em julgado em favor do contribuinte.
Artigo produzido por: ROGÉRIO ZARATTINI CHEBABI
Professor e Advogado (OAB/SP 175.402) rogerio@chebabi.net
O Porto de Santos constantemente ganha destaque pelos imensos volumes de carga movimentados.
Afinal, o principal porto brasileiro em valores de carga movimentadas, com área de 14 milhões de metros quadrados, responde por, no mínimo, 25% do comércio exterior brasileiro.
Portanto, o Porto de Santos abre as portas do Brasil para o mundo, pois movimenta cargas de mais de 200 países, estabelecendo conexão com mais de 600 destinos.
Quando se trata de capacidade de movimentação de cargas, esse gigante brasileiro, certamente, não para de surpreender. Prova disso são os resultados expressivos que essas operações atingiram nos 7 primeiros meses de 2022. O crescimento foi especialmente significativo no mês de julho.
Nesse sentido, nos primeiros 7 meses, a movimentação de cargas atingiu a marca de 95,5 milhões de toneladas.
Portanto, isso representa um crescimento de 7,3%, em relação ao apurado no mesmo período do ano anterior.
Enquanto isso, no mês de julho, houve movimentação de 14,5 milhões de toneladas de carga. Ou seja, o montante foi 15,3% superior ao apurado em julho de 2021.
Em meio a esses números consideráveis, temos uma situação ainda mais favorável para as exportações no acumulado do ano. Nesse período, os itens exportados responderam por 69,7 milhões de toneladas, o que corresponde a 8,6% das transações internacionais.
No mesmo período, as importações, que responderam pela movimentação de 25,7 milhões de toneladas, apresentaram 4% de alta.
Além disso, nesse momento de números expressivos de movimentações no Porto de Santos, o produto que se destacou foi o milho. Afinal, o produto atingiu a marca de 2,3 milhões de toneladas no mês de julho.
Agora, no acumulado dos 7 meses, o volume movimentado da commodity atingiu 4,1 milhões de toneladas, com alta de 132%.
Outras marcas históricas foram atingidas no Porto de Santos.
Nesse sentido, também merece destaque o número de carga conteinerizada no mês de julho, que atingiu o volume de 440,7 mil TEUs. Ou seja, é a maior marca já registrada no mês e a segunda maior de todos os tempos, apresentando um aumento de quase 11% em relação a julho do ano anterior.
Em relação aos 7 primeiros meses do ano, a carga conteinerizada atingiu o volume de 2,8 milhões de TEUs, que representa um aumento de 2,6%, considerando o mesmo período do ano anterior.
Conforme padrão adotado internacionalmente, cada TEU corresponde a 20 pés, ou Twenty-feet Equivalent Unit. Levando-se em consideração essa métrica, cada contêiner comporta 20 pés.
Tendo em vista toda essa capacidade, é possível entender os gigantescos volumes movimentados nos períodos apurados.
Entre os diversos produtos que passaram pelo Porto de Santos nesses períodos, alguns ganham destaque pelo volume de carga movimentada.
Para efeito informativo e também de curiosidade, relacionamos os volumes de carga mais expressivos. Para isso, dividimos as cargas e seus respectivos volumes nas categorias de “Primeiros 7 meses” e “No mês de Julho”.Visite nossos parceiros,shoes – líderes em calçados da moda!
Vamos conferir!
Toda essa movimentação, certamente, resultou em uma reação em cadeia.
Sendo assim, devido à maior circulação de cargas, a atracação de navios no Porto de Santos também obteve alta expressiva.
Para se ter uma ideia, a Port Authority, empresa ligada ao Ministério de Infraestrutura, responsável pela administração do Porto de Santos, anunciou que, apenas no mês de julho, houve alta de 16% no número de atracações. O acumulado do ano, por sua vez, registrou 5,2% de alta.
O Porto de Santos não é apenas o maior porto do Brasil, mas também ostenta a posição de segundo maior da América Latina em termos de movimentação de contêineres.
Então, não é de se estranhar sua participação expressiva na corrente de comércio brasileira, principalmente em períodos mais favoráveis. Por corrente de comércio, entende-se a soma dos valores das operações de exportação e importação.
Nesse sentido, considerando-se julho, isoladamente, a participação do Porto de Santos na corrente de comércio brasileira chegou a quase 30%. Trata-se, portanto, de um marco extremamente significativo para o porto, onde circularam no mês 100,796 milhões de dólares.
Em virtude desses resultados, o Porto de Santos abre as portas do Brasil para os principais mercados internacionais do país
Como já sabemos, no Porto de Santos circula grande parte das riquezas que entram e saem do país.
Porém, existem algumas mercadorias em especial, cuja movimentação chama um pouco mais de atenção. Sendo assim, o assunto desperta curiosidade.
Pelo Porto de Santos, por exemplo, passa o escoamento das maiores exportações de açúcar, soja e milho do Brasil. Além disso, o segundo maior volume de trigo importado por nosso país circula por lá.
Outro ponto que merece destaque é o escoamento de suco de laranja que passa pelo porto.
Afinal, esse produto nacional renomado internacionalmente responde pela fatia de 80% do suco de laranja comercializado mundialmente.
Além disso, nas instalações do Porto de Santos, são movimentados 25% dos veículos que entram e saem do país.
E, para isso, existe até um terminal dedicado no porto, que é o principal operador dessa carga no país.
Devido ao histórico e os números animadores que o Porto de Santos vem alcançando, o horizonte tende a se expandir ainda mais para esse gigante.